sábado, 12 de abril de 2008

Olhos fechados, coração disparado

Por Fábio Mandryk

A promotorora Larissa Litchvan usa de uma psicologia diferente para convencer os jurados. Após afirmar veementemente e por várias vezes que nunca teve vontade de matar ninguém de sua família, pediu aos jurados que fechassem os olhos para imaginar uma cena. Quando todos estavam de olhos fechados, começou a relatar fatos geralmente vividos em família, principalmente com a presença marcante dos pais, como no aniversário, primeiro dia de aula, torcida no vestibular, formatura, etc. Aproveitando o momento de imaginação, lembrou que até agora não havia se falado que a vítima tinha uma filha, e que esta filha não viveria nenhum destes momentos com o pai. A tática caiu como um golpe bem dado, pois o réu apertou as mãos e um dos advogados da defensoria chegou a descer do palco.

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