sábado, 12 de abril de 2008

Equipe Pela Ordem festeja sucesso do evento


Por Equipe Pela Ordem


Durante 6 horas, a equipe do blog Pela Ordem realizou intensa cobertura no evento do Júri Simulado. Formada por oito estudantes-jornalistas - Bianca Silva, Cleverson Bravo, Desirée Amaral, Fabio Mandryk, Jeniffer Pimenta, Osvaldo Pires, Robson Custódio e Tiago Piontekievicz -, sob orientação dos professores Felipe Harmata e Maura Martins, a equipe esteve presente em todos os momentos do evento. O blog serviu de referência para quem acompanhou o Júri, mesmo aqueles que estavam dentro do auditório Cordeiro Clève.

O júri é simulado, mas a experiência é real

Por Bianca Silva e Tiago Piontekievicz

Após o resultado que absolveu o réu, a defesa comemora duas vitórias: a do resultado do júri e a experiência adquirida em suas vidas profissionais.
É o que confirma o professor de Direito Penal, Paulo Coen :" Esse júri é o resultado de todo o estudo feito pelos alunos".
A aluna Angélica Bastos ressalta esse fato." Além de experiência profissional, adquiri também experiência para minha vida pessoal".

Perfil do inocentado

Por Jeniffer Pimenta

O aluno Fernando Baleira Leão de Oliveira que representou o réu Jefferson de Araújo, tem 18 anos e cursa o terceiro período de Direito. Fernando conta que escolheu a profissão porque gosta muito do mundo de acusar e defender pessoas. A área que escolheu para atuar após sua formação é o Direito Público – estado contra particular.

O estudante é atleticano, mas não um torcedor presente, nasceu em Ivaiporã, porém mora na capital há dez anos. Em seus momentos de folga gosta de ler, passear em parques e shopping e sair a noite com os amigos.

O caso
Fernando nos fala que foi réu porque queria participar do evento, mas para sua turma o único “cargo” era o do Jefferson. Na audiência, como já foi falado, ele estava com uma camisa divulgando uma campanha de incentivo a doação de sangue. “A escolha da minha roupa foi proposital, como Fernando não como réu, pois queria incentivar o pessoal a participar dessa campanha que eu já participo".

INOCENTE!




Por Osvaldo Pires

Os jurados ficaram 20 minutos reunidos, e por cinco votos a dois o réu foi absolvido.

O resultado causou grande satisfação na platéia, que aplaudiu de forma efusiva.

"Foi justo, não tinha como ser de outra forma", disse o réu extremamente feliz e aliviado após o veredicto.

Após a sentença o juiz citou o nome de todos os alunos do curso de Direito que participaram do Júri Simulado e agradeceu a presença de todos, inclusive da equipe "Pela Ordem".

Decepcionados, os membros da Promotoria consideraram o resultado injusto. A advogada Larissa Litchvan disse: "Esperamos não voltar aqui para acusá-lo pela morte das irmãs".

A Defensoria Pública ficou muito satisfeita, e a advogada Angélica Bastos foi enfática: "A emoção é inexplicável! A sensação é de que a justiça foi feita".

Publique-se e registre-se!

Quesitos

Por Desirée Amaral

Às 17h15 os jurados foras para a Sala Secreta responder às perguntas:

A morte da vítima foi de origem criminosa?
O réu deu causa à morte?
É possível chegar a uma conclusão a partir das provas do julgamento?
Foi movido por motivo fútil?

Além disso, há o agravante presente no libelo, de ter matado ascendente ou descendente.

SIM OU NÃO??


Por Fábio Mandryk

EXCLUSIVO - Jurados reunidos em sala secreta votam na acusação ou absolvição do réu. O silêncio e a tensão marcaram este momento, que pode decidir o futuro do réu. A primeira votação decidirá se houve ou não crime. Caso a maioria dos votos seja SIM haverá uma segunda votação, que decidirá se o réu é ou não culpado do crime.

Wesley erra horário de óbito

Por Bianca Silva

Wesley Souza, representante da defesa, erra horário de óbito da vítima Marcos de Araújo. Segundo ele, Araújo teria falecido às 14h, porém a promotora Larissa Litchvan corrigiu o erro do defensor e mostrou nos autos que o horário era 16h. A defesa ainda tentou amenizar , dizendo que isso era irrelevante. Mas o juíz Paulo Coen confirmou a relevância do erro apontado por Larissa.

Advogado não consegue chamar a atenção dos jurados




Por Robson Custódio

Durante a argumentação do advogado de defesa, Wesley Vieira de Souza, os jurados se mostraram cansados e com sono. Quem estava assistindo poderia verificar que os jurados bocejavam, trocavam de posição na cadeira, respiravam fundo, arrumavam a roupa, mexíam no cabelo e roíam unhas. O que mais preocupava é que, em certos pontos, alguns jurados até ignoravam as argumentações do advogado.

UniHabib´sBrasil


Por Fábio Mandryk

Em uma sala reservada, logo atrás do local onde acontece o julgamento, o juiz do caso, membros do Ministério Público e da Defensoria revezam-se para beliscar petiscos. Coca-Cola, Sfihas abertas e bolachas caseiras fazem parte do cardápio dos advogados. Mostrando cordialidade, a promotora Daiane Akieomura oferece também aos jornalistas que cobrem o caso.

Defensoria "alfineta" o Ministério Público

Por Osvaldo Pires

Às 16h47 a Defensoria Pública tem direito a tréplica pelo tempo de 20 minutos e logo que tomam a palavra, solocitam a absolvição do réu a partir do artigo 386 do Código Penal, que cita ausência de provas.

Um ponto muito importante neste início da tréplica e que causou reações intensas da platéia, foi o que disse a advogada Angélica Bastos referindo-se à Promotoria:
"Quanto sensacionalismo, não é? De que adianta vir aqui, ficar gritando, mas não ter conteúdo?".

Um Ministério, Público, em busca de uma consideração final!

Por Cleverson Bravo

E o juiz Paulo Coen passa a palavra para a promotoria desenvolver suas considerações finais. Larissa Lichtvan assume o posto. "A verdadeira justiça está no comprometimento com a defesa da verdade" desafia Lichtvan olhando para os jurados; defende que quando a verdade morre "não há corte nem constituição que a resgate". "Libertar esse criminoso seria deixar livre alguém desprovido de sentimento", e resgata o furto da banana seguido do assassinato pois "esse caso, é a mesma coisa, só muda o lugar". Num lance de quase desespero, pelo menos era o que sua aparência demonstrava, apela para que "não pensem duas vezes para responder SIM a primeira pergunta, 'houve crime?'". Arremata que "nenhum sucesso nessa vida serve de consolo para o fracasso do lar".

Réplica da defensoria é repleta de alusões a crimes conhecidos

Por Desirée Amaral

Durante a réplica, Larissa Litchvan demonstra sua indignação em relação à tese da defensoria. Afirma que pobreza não é motivo para se justificar a criminalidade e relembra o caso de Suzane Von Richtoffen, que era rica e matou os pais, e chama o réu de Caim - referindo-se à história bíblica do assassinato de Abel por seu irmão Caim.
Larissa fala muito dos valores de família. "Desavenças ocorrem em todas as famílias, mas isso não justifica um assassinato".

Confronto de teses

Por Bianca Silva

No intervalo do julgamento, depois que a tese de ambos os lados foram ouvidas, os advogados contam o que acham da tese de seus adversários."A tese da defesa, ao meu entender, é conflitante.Hora sustentam o estado democrático de direita, hora legitimam o estado anárquico o que causaria um grande transtorno negativo à sociedade", afirma Elias do Amaral , representante da promotoria.Já Weberson Guimarães alega que a causa da acusação é infundada. "Eles não tem prova cabal da autoria do crime. Tudo ainda é duvidoso e não se pode mandar alguém para a cadeia com dúvida", comenta Weberson.

Réplica e Tréplica

Por Robson Custódio

Defesa vai manter a negativa de autoria durante a treplica. O advogado Luiz Gustavo Janiszewski, diz que a promotoria vai alegar fatos inverídicos durante a réplica e sua estratégia é somente negar. "Não tem nada nos fatos que leve a condenação. Na dúvida não se deve condenar ninguém", fala Janiszewski. Para concluir ele afirma que a promotoria vai tentar emocionar os jurados.

Olhos fechados, coração disparado

Por Fábio Mandryk

A promotorora Larissa Litchvan usa de uma psicologia diferente para convencer os jurados. Após afirmar veementemente e por várias vezes que nunca teve vontade de matar ninguém de sua família, pediu aos jurados que fechassem os olhos para imaginar uma cena. Quando todos estavam de olhos fechados, começou a relatar fatos geralmente vividos em família, principalmente com a presença marcante dos pais, como no aniversário, primeiro dia de aula, torcida no vestibular, formatura, etc. Aproveitando o momento de imaginação, lembrou que até agora não havia se falado que a vítima tinha uma filha, e que esta filha não viveria nenhum destes momentos com o pai. A tática caiu como um golpe bem dado, pois o réu apertou as mãos e um dos advogados da defensoria chegou a descer do palco.

Caso de Isabella Nardoni é lembrado pela defensoria


Por Bianca Silva

A defensora Glauca Carvalho, em sua explanação, comentou sobre o caso da morte de Isabella Nardoni evidenciado na mídia, em que o pai da menina, Alexandre Nardoni e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, são indiciados por assassinar a filha. A citação do caso ajuda a defensora a ressaltar sua argumentação. Segundo ela, a mesma situação que está acontecendo com o pai e a madrasta de Isabella, acontece com o réu Jefferson: acusação sem provas.

Exclusivo! Pela Ordem consegue declaração inédita de jurado recusado

Por Jeniffer Pimenta

Um dos jurados que não foi aceito pelo Ministério Público (MP), o estudante de Direito Marcelo de Oliveira se sentiu injustiçado pela dispensa, pois acredita que só tenha ocorrido pela sua conduta – afinal, foi o primeiro a chegar ao auditório e estava bastante sério, o que poderia indicar que era o mais interessado em participar do Júri. “O MP pode ter ficado preocupado tendo em vista que os fundamentos para acusar o réu são falhos e com lacunas”. Marcelo ainda fala que acredita na inocência do réu Jefferson de Araújo. O ato falho da promotoria foi contar com testemunhas que fazem parte da família, suas duas irmãs. “O estado emocional mexe na fala, elas acusam sem terem presenciado o fato, poderia estar levadas pela emoção da perda do pai”. Ele fala que não há credibilidade em testemunhos dados em delegacia. “O papel não questiona o contexto. Se elas (irmãs do réu) estivessem presentes poderiam ser contestadas. Ele conta que gostaria de participar do corpo de jurados, pois seria a única forma de ter poder sobre o caso.

Recomeça...

Por Osvaldo Pires

Às 16h23, com quase 10 minutos de atraso, o Júri recomeça. O juiz então passa a palavra em forma de réplica para o Ministério Público, que passa a ter 20 minutos.

O outro lado do homem de preto

Por Fábio Mandryk

Às 16h20, no intervalo do Júri, o professor Paulo Coen, juiz do caso, fala um pouco sobre si. Ele leciona criminologia, direito penal, processo penal e medicina penal para os alunos de direito da Unibrasil. Nas horas vagas gosta de viajar, e estudar para sempre manter-se atualizado. Como todo bom brasileiro, o Coen adora futebol, e diz não torcer para um time, mas sim para "o time", referindo-se ao Atlético Paranaense. Sobre o andamento do Júri Simulado, Paulo está bastante satisfeito com o desempenho dos alunos envolvidos no caso, que terão a última chance para tentar modificar o quadro atual após o intervalo. O público também foi um dos pontos fortes do tribunal: "para um sábado com chuva o público superou as espectativas".

"Pela Ordem" consegue exclusiva com o réu

Por Osvaldo Pires

Durante o intervalo, Jefferson de Araújo foi encontrado por nossa equipe e ao ser questionado sobre suas impressões até o momento disse:

"Estou muito confiante! A Defesa foi muito competente, apesar de todas as interrupções impertinentes do Ministrério Público. Tenho convicção de que serei absolvido".

Intervalo

Por Osvaldo Pires

Às 16h05 a Defensoria Pública encerrou. O juiz então indagou quanto à possibilidade de o Ministério Público requerer a palavra, obtendo resposta afirmativa. Fez-se então um pausa de 10 minutos e na volta a Promotoria terá mais uma vez direito à fala.

Defensoria questiona culpa do réu

Por Desirée Amaral

A advogada da defensoria, Glauca Carvalho, tentou, em sua tese, trazer os fatos para a atualidade. Lembrou que a vítima morava em um bairro criminalizado e que ele tinha contato com pessoas do mundo das drogas, e disse: "Quem pode afirmar que não foi uma dessas outras pessoas que cometeu o crime?".
Apela ainda para o fato de que os jurados não devem condenar um inocente, já que não existem provas concretas no caso.

Momento tenso

Por Tiago André Piontekievicz

O advogado aumenta tanto o tom de voz em seus relatos que lhe foi pedido que não utilize o microfone. Luís Gustavo está rouco e parece nervoso, pois confunde a vítima com o réu. A acusação pede ordem com tom de voz muito alto. Luís Gustavo diz que a acusação age por simples "achismo": "O que existe é o que eu chamo de 'achismo', não existem provas concretas".

Ambos os lados exaltados

Por Osvaldo Pires

O Defensor Público se mostra muito impaciente com as muitas interrupções por parte do Ministério Público. O advogado Luís Gustavo Janiszewski causa gargalhadas nos presentes ao dizer: "Vamos lá, uma hora eu consigo!". Janiszewski, bem como a promotora Larissa Litchvan, se mostra bastante exaltado, e acusa o Ministério Público de "covarde" em relação ao tratamento para com o réu.

Discussão rola solta


Por Robson Custódio


Advogado Luiz Gustavo Janiszewski se sente pressionado pelo Ministério Público, durante suas argumentações. A frase "Pela Ordem" é usada a todo momento pelos representantes do Ministério. A promotora Larissa Litchvan faz "caras e bocas" durante raciocínio do advogado e não perde nenhuma oportunidade para interrompê-lo.

Defensoria abre explanação

Por Tiago Piontekievicz

Começa a explanação da defesa, com o advogado Luis Gustavo Janiszewski. Ele parece estar enrolado com os fios do microfone. O juiz Paulo Coen chama a atenção dos advogados da Promotoria e Defesa, que se desentendem.

Júri disputado e bola rolando


Por Fábio Mandryk

A poucos metros de onde está acontecendo o Júri Simulado, acontece o treino do time de futsal da Unibrasil. O treino é tático, orientado pelo professor Pacheco, que paralisa muitas vezes o coletivo. Ele grita muito, lembrando a maneira como estão discursando tento a Defensoria como o Ministério Público, a alguns metros dali. Quinze atletas compõem o treino, que conta com outras cinco atletas de handebol como espectadores na arquibancada: "Estou aqui porque está chovendo e não dá pra utilizar a quadra externa", lamenta a espectadora Vanessa da Ressureição, aluna de Educação Física do segundo período. No tribunal, com um público bem maior, 98 pessoas assistem ao Júri que já está empolgante. Diego Faigle, espectador do tribunal, veio assistir a atuação do amigo Weslei de Souza, da defensoria. Contudo ele não tem convicção na absolvição do réu: "Olha, a promotoria foi forte".

Promotoria segue linha de argumentação

Por Tiago Piontekievicz

Continua a explanação da acusação, com argumentos sobre as razões pelas quais o réu foi enquadrado em homicídio qualificado por motivo fútil. A linha de raciocínio baseia-se no artigo 61, que fala de "morte de irmão ascendente ou descendente". Para fortalecer o argumento de motivo fútil, a acusação conta uma história em que um colega mata o outro na hora do almoço, por causa do furto de sua banana. O Ministério Público finaliza com a fala da promotora Constance Moreira.

Outras frases da promotoria

Por Bianca Silva e Desirée Amaral

A explanação de Larissa Litchvan, do Ministério Público, é marcada por frases instigantes.
"Homicídio de quem? De um desconhecido?De um amigo? Não. Nada menos que seu pai, aquele que lhe ensinou a andar de bicicleta".
Ao falar sobre o laudo de necrópsia, em que foram apontados hematomas e uma costela quebrada, ela diz ironicamente que "tapinha de amor não foi".
Um dos meios utilizados por Larissa foi uma extensa e intimidadora ficha criminal do acusado,e no final de sua argumentação, rasgou as folhas simbolicamente para expressar sua indignação.

Detalhes fazem a diferença

Por Osvaldo Pires

Apesar da forte chuva e do clima frio em Curitiba, dentro do auditório onde ocorre o Júri a situação está muito quente.
A Promotoria faz muito bom uso do tempo de uma hora que lhe foi concedida. Determinadas atitudes de Larissa Litchvan, tais como bater o arquivo dos autos com toda a força sobre o púlpito, são motivo de risadas por parte da platéia e também da Defensoria Pública.
A também promotora Daiane Akieomura fez alusão aos dizeres encontrados na camiseta usada pelo réu: "Quem doa sangue, doa vida", detalhe esse que já havia sido levantado anteriormente em nossa cobertura que não perde nenhum ângulo do evento.

Gritaria no auditório


Por Jeniffer Pimenta

Representante do Ministério Público, Larissa Litchvan, apresenta sua tese de acusação em tom alto. A promotora grita em alguns momentos, provavelmente com o propósito de dar mais ênfase nas suas palavras. Uma de suas frases é a seguinte: “mata o pai, tenta matar a mãe e suas testemunhas de acusação são nada menos que suas próprias irmãs. Sua família está errada ou ele é mesmo a ovelha negra?” A voz da promotora pode ser ouvida nos arredores do auditório. Será que ela alcançou seu objetivo?

Frases marcam argumentação da Promotoria

Por Robson Custódio

Durante o julgamento do réu, a promotora Larissa Litchvan fez a seguinte explanação: "O réu está menosprezando a nossa inteligência", referindo-se ao depoimento de Jefferson presente nos autos do processo, no qual afirmou estar em São Paulo, no bairro da Água Fria trabalhando em uma serralheria, no dia da morte do irmão. "Essa é a versão fantasiada do réu", conclui a promotora, passando a palavra à colega Daiane Akieomura.

Lados opostos, reações opostas

Por Fábio Manrdryk

Às 14h17, enquanto o juiz lê um trecho do auto, o advogado de defesa Luiz Gustavo demonstra profundo descontentamento com o trecho citado. Ele balança muito o pé direito, que está sobre o joelho esquerdo. Nervoso, a cabeça não pára de balançar, como uma negativa inesgotável. Do outro lado do plenário, um dos jurados mostra-se bastante á vontade. Desleixado, ele senta-se de maneira muito relaxada, com as pernas totalmente esticadas e os braços cruzados. Braços estes que estão na eminência de serem tocados por um queixo babão, caso ele não resista e pegue no sono.

Gritos de costas para o público

Por Fábio Mandryk

Às 14:32 o Ministério Público começa a discursar através da advogada Larissa Litchvan. Ela ignora totalmente a platéia presente no plenário, e discursa exclusivamente voltada aos jurados, muito próxima deles. Seu discurso dispensa microfones, pois tamanha intensidade postada na voz, até quem está do lado de fora do local pode ouvir seu depoimento. O início do discurso lembra frases bíblicas, dizendo que desde o tempo de Adão e Eva era possível fazer escolhas, e que o réu optou por matar e estar ali naquele momento.

Início de debate entre as partes

Por Osvaldo Pires

Às 14h18 o juiz explica que por se tratar de um Júri Simulado, as testemunhas não estarão presentes para realizarem seus pronunciamentos, e passa portanto para o debate. A palavra é cedida ao Ministério Público.

Quem doa sangue doa vida


Por Jeniffer Pimenta

Réu Jefferson Araújo comparece ao seu julgamento com a seguinte frase em sua vestimenta: "Quem doa sangue doa vida". Será que o indiciado está querendo passar uma imagem de bom samaritano? Julgado por tirar vidas e comparece com incentivo a mantê-las.

Relato do fato

Por Robson Custódio

Às 14h05 juiz faz relato do fato , ali julgado, para que todos tomem conhecimento do que aconteceu. Logo após, o mesmo lê declaração da irmã do réu, Denise de Araújo, que alega que seu irmão é um "psicopata que mata a sangue frio". Ministério Público pede a leituira da matéria publicada em uma edição do jornal Tribuna do Paraná e advogados de defesa, pede leitura da peça descritiva da irmã do réu, Denise.

Interrogatório do réu

Por Desirée Amaral

Às 13h54 o juiz deu início ao interrogatório do réu. Ele aparentava estar um pouco nervoso, mas respondeu a todas as perguntas. Como se trata de um Júri Simulado, quem fez as perguntas foi o próprio juiz. O réu se declarou inocente das acusações e disse: “Não me lembro muito bem do que aconteceu no dia, pois faz muito tempo, mas acredito que estava em São Paulo”. Ele afirma que nunca teve interesse pelo terreno e fica triste quando lembra da morte do irmão.

Lista de jurados


Por Osvaldo Pires

Tendo o Ministério Público recusado dois jurados e a Defensoria Pública três, os jurados que têm o poder de considerar o réu culpado ou inocente, na ordem em que foram chamados, são os seguintes:


Herlon Konopac


Émerson Varela


Débora Fonseca


Nelciane de Souza


Manoela Moraes


João Victor Folonetto


Fernanda Nickel

Sorteio do jurados

Por Robson Custódio

Às 13h45 começa a audiência, com a escrivã fazendo a chamada dos jurados. Juiz interroga réu às 13h54. Em seguida são feito breves avisos do que deve ser evitado durante o julgamento. Realiza-se o sorteio dos jurados, com lista a ser publicada dentro de alguns instantes.

Inicia o julgamento do "caso Jefferson"


Por Tiago André Piontekievicz


Às 13h43m, começa o julgamento do caso Jefferson. Com atraso de 43 minutos, devido a alguns imprevistos de ordem técnica. O juiz Paulo Coen agradece a presença de todos. Ele explica o rito do júri simulado onde "se permite ao réu uma ampla defesa". De acordo com o artigo 442, faz-se a chamada dos jurados. O número mínimo de 15 pessoas foi respeitado e o processo número 19983447-1 poderá ser julgado. O réu é trazido ao plenário.

Ministério Público também acredita na vitória


Por Jeniffer Pimenta

Representantes do Ministério Público, Constance Moreira e Paula Vincente, estão confiantes no resultado do julgamento. Isso é conseqüência de todo um trabalho desenvolvido para comprovar a acusação do réu Jefferson Araújo. “Buscamos contextualizar todo um processo de culpa do réu e seu passado nos dá ainda mais confiança”, conclui Constance.

Defesa tem boas expectativas quanto ao resultado


Por Bianca Silva

Os alunos do 5º período Glauca Carvalho, Wesley Souza e Weberson Guimarães, que ocupam o cargo da defesa esperam fazer justiça no julgamento. "Não é um processo simples. Há muitos detalhes", comenta Weberson.
Os alunos, que se consideram preparados e estão confiantes, falam sobre os elementos do caso: "Em relação às provas, não há certeza (de que sejam suficientes para inocentar Jefferson), mas há um favorecimento do réu", diz Wesley.

Réu está confiante

Por Desirée Amaral

Antes do início do evento, o réu Jefferson de Araújo, representado pelo aluno Fernando Baleira Leão de Oliveira, do terceiro período do curso de Direito, está otimista em relação ao julgamento. "Tenho certeza de que serei inocentado". Ele afirma que a principal razão disso é o fato de que o depoimento das testemunhas de acusação é incoerente. A única coisa que o prejudica é "já fui incriminado antes de ser julgado."

Começa o evento

Por Osvaldo Pires

A equipe Pela Ordem UniBrasil dá início agora, 13h35, a cobertura do Júri Simulado que julga o caso de Jefferson de Araújo, acusado da morte do irmão por causa de um terreno.

Faremos a cobertura em tempo real do evento com nossos repórteres que estão espalhados por todo o auditório Cordeiro Clève.

Fique ligado, dentro de instantes terá início o julgamento.